Após as denúncias mostradas no programa Sábado Incrível, da emissora de TV ‘DROCER’, de suposto enriquecimento ilícito com o dinheiro repassado de sua igreja, a Igreja Global do Reino de Deus, O apóstolo Valdomiro Macedo, fez uma última declaração através de sua assessoria de imprensa, que deixou de existir logo em seguida.

Em nota aos meios de comunicação, o líder religioso afirma estar arrependido de haver enriquecido pregando de forma distorcida a mensagem da Bíblia, induzindo seus fiéis a darem seu dinheiro em troca de promessas no nome de Deus. Como sinal de arrependimento, o apóstolo Valdomiro vendeu sua fazenda, avaliada em 30 Milhões, e comprou o terreno da ‘comunidade do “Eucaliptinho”, no Grande ABC paulista, que ganhou destaque após a reintegração de posse violenta e violadora dos Direitos Humanos promovida pelo Governo do Estado em favor do ex-especulador e empresário, Sr. Magi Gagas.
O terreno e as casas estão sendo devolvidos aos seus antigos moradores de forma gratuita, num ato de caridade sem precedentes na história do Brasil.

“Quando vi aquela matéria sobre mim na televisão, uma tristeza profunda tomou canta do meu coração e um grande arrependimento me aconteceu. Abri a Bíblia na passagem de Lucas 19, em que Zaqueu, um homem que se apropriava indevidamente da riqueza do povo, se arrepende após a visita de Jesus e dá suas riquezas aos pobres.”.
Quanto à sua igreja, o apóstolo, que agora prefere ser chamado apenas de Sr. Valdomiro, está encerrando as suas atividadese orientando os antigos pastores de suas mais de 500 filiais que doem todo o dinheiro arrecadado e que saiam dos imóveis alugados e ponham à venda os imóveis de propriedade da igreja.

Surpresos com esta atitude, muitos fiéis estãoainda sem saber o que farão no próximo domingo. Dona Euzira, frequentadora e contribuinte assídua da igreja afirma: “Acho que neste domingo, já que não tem mais culto lá, vou me juntar com minhas amigas para oferecer um sopão para os moradores de rua e orar por eles! Aprendi muito com este exemplo do Sr. Valdomiro, da importância que o próximo tem, acima dos meus próprios interesses! Isso sim é agradar a Deus! Mas vou procurar uma igreja que seja diferente desta para frequentar.”. – Casos de caridade como este tem crescido entre os fiéis!

Alguns outros fiéis vão buscar outras igrejas, como o sr. José: “Independente da igreja ter fechado, eu sei que Deus vai me abençoar com muito dinheiro, pois estava num propósito de dar 50% do que eu ganho há mais de 3 meses! Não tem sobrado muito para meus filhos nem para mim, que dirá para ajudar os outros! Domingo vou mudar para a Igreja Universal do Poder de Deus, daquele outro apóstolo e continuar com meu propósito!”

Perguntado sobre o que vai fazer a partir de agora, o Sr. Valdomiro ainda não sabe. “Talvez eu abra um abrigo ou um banco de microcrédito para os pobres… ainda não sei,pois tem muitas formas que posso ajudar os outros e tenho que escolher dentre as muitas opções!”.
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P.S.: Qualquer semelhança dos personagens, instituições e fatos deste pequeno e (infelizmente) irônico “conto de 1o de Abril” com a realidade é (ou não) mera coincidência. Que Ele traga arrependimento aos duros de coraçãoe esperança aos desesperados. “Mais bem aventurado é dar do que receber” – Atos 20:35

Renato Wong

 

Sobre um Filme de Guerra

Publicado: março 28, 2012 por blogdapresbi em Poesia
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Apesar da guerra

as plantas reflorescem

e, indiferentes, as abelhas voejam

fabricando mel.

Os joões-de-barro

driblam os tiros

e continuam em seu fatigar

construindo seus ninhos

na perpetuação da espécie.

Formigas defendem o progresso

de suas sociedades divinamente

organizadas.

Desdenhando canhões

e rajadas de metralhadoras

cantam as cigarras… e cantam!

Os ratos e seus dentes que não cessam de crescer

roem… e roem… e roem.

Os ruminantes passivamente

ruminam e cochilam de pé.

Os capins altos ao vento

discutem e esgrimem com suas folhas

à guisa de espadas

sem, contudo se ferirem…

 

Só os homens, por serem racionais, se matam!

Francisco Ferreira

Um lugar chamado Conforto Hill

Publicado: março 22, 2012 por blogdapresbi em Mensagens
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Olá, meu nome é Humano Dossé Culo Vinteum, tenho a idade que Deus quiser e moro em um lugar chamado Emci Madomuro. É aqui na Terra mesmo. Não sei se você já nos visitou ou ouviu falar, mas se ainda não conhece, talvez seja interessante não deixar pra depois. Claro que nossa cidade nunca vai acabar e sempre haverá espaço pra mais gente, até porque pesquisas dizem que estamos em ampla expansão, um progresso mais que positivo a meu ver. Se bem que se acabarmos ficando do mesmo tamanho, com a mesma quantidade de gente, não haverá problema algum…

Minha casa fica na Rua Meiodoca Minho, número 5, tem a quantidade necessária de cômodos e foi recentemente repintada de cáqui, que combina com tudo. Sou casado com a Humana, uma mulher formidável, sempre concordamos em tudo, nunca discutimos. Sei exatamente como ela é e o que quer e ela também me conhece como a palma das mãos, o infeliz elemento surpresa nunca nos aborreceu, graças a Deus. Por falar em Deus, não sabemos se ele existe, e pra nós, na verdade, tanto faz.

Tudo à nossa volta é muito interessante, não sei dizer se as paisagens que temos são feias ou bonitas, mas me acostumei com elas. Dizem que de longe nossa cidade parece um conjunto de quadros do Edward Hopper. Como nunca saí daqui, não sei se é verdade.

Nosso dia a dia é bastante tranquilo, e nossas refeições, balanceadas e saborosas. Os pratos não são servidos crus, mas também não são muito cozidos… Normalmente colocamos todos os poucos molhos que temos disponíveis de uma vez para temperá-los, isso porque é muito difícil complicado escolher o melhor, juntando assim é mais fácil. Na escola, meus filhos aprendem de tudo um pouco e não há faculdade ou cursos. Não vemos necessidade para especialização. Sabemos todos as mesmas coisas e é essa igualdade que nos permite manter as coisas em ordem.

Quando um estrangeiro vem nos visitar, é sempre muito bem recebido, não costumamos falar muito sobre nosso estilo de vida, preferimos ouvir e concordar com tudo que ele fala. Já percebi que as pessoas gostam muito disso em nós. Estou abrindo uma exceção contando tudo isso pra vocês, agora acho que o texto já está de bom tamanho, nem muito curto, nem muito longo. Vou voltar pra sala… Eu e minha família estamos tentando resolver com os filhos se vamos ao clube ou ao circo que parou aqui esses dias. No fim acho que ficaremos em casa assistindo televisão mesmo.

Laura Miguel.

Deus é amizade

Publicado: março 14, 2012 por blogdapresbi em Mensagens
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Jesus disse nos ensina algumas lições em Mateus 7.7-8 sobre a oração. Quando olhamos para estes versículos nos lembramos do jovem rei Salomão, ele sabia que não possuía a sabedoria necessária para julgar Israel, e por isso, que ele orou a Deus e o Senhor respondeu sua oração. O texto de I Rs 3.9 mostra que ele pediu discernimento espiritual para conduzir aquele povo numeroso de Israel. A sua oração foi: Dá um coração compreensivo para julgar o teu povo.

 

Devemos pedir a Deus, devemos buscar a sua vontade e bater à porta da graça divina para experimentar a vontade do Eterno. Precisamos confiar no caráter do Eterno Deus e nos momentos de oração entender que ele é o Deus que supre as necessidades dos seus amados. O texto de Tiago 1.5 diz: Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus.

 

A oração é algo importante demais na nossa caminhada. Como diz Houston no seu livro A oração: “Ela é guiada pelo viver de maneira correta, assim como pelo pensamento correto. A verdadeira oração significa comportar-se de maneira digna da companhia divina. De fato, a oração expressa algo do caráter de Deus. A Bíblia nos diz que “Deus é amor”. Certo escritor medieval, Aelred de Rievaulx, traduziu esta expressão como “Deus é amizade”. Nossas orações são uma resposta à amizade e ao amor de Deus. Quando oramos, permitimos que Deus viva em nós, de modo que, ao nível mais íntimo, é o Espírito de Deus que faz a oração em nós e por nosso intermédio”.

 
 

Alcindo Almeida – Equipe pastoral da IPALPHA

 
 
 

No último mês nas quartas-feiras, temos assistido a algumas aulas da Landa Cope. Temos procurado assistir um pouco e depois debater sobre o que foi falado. Nesta última aula, todos nos sentimos desafiados, quando a Sra. Cope desafiou seus alunos a tentarem enxergar os aspectos pecaminosos de suas culturas, que também permeiam a vida dos cristãos. No debate após a aula, incentivei o grupo a pensar em alguns aspectos de nossa cultura que são claramente “mentiras culturais” ao nosso alcance e que poderíamos tentar abordar no nosso dia a dia.

Dentre diversos exemplos que foram dados, pudemos sintetizar quase todos numa só raiz: o medo de confrontar e ser confrontado que temos, primeiramente como seres humanos e depois, mais especificamente, como brasileiros!

Esta condição tem consequências gravíssimas em nosso dia a dia, veja se você se identifica ou já viu cenas similares:
1) Numa agencia bancária, uma pessoa adulta pega uma criança que tem mais de 2 anos de idade no colo e simplesmente “fura” a fila e ainda por cima não vai no guichê preferencial, vai no que vagar primeiro! E para piorar a situação: ninguém faz nada ou no mínimo fala diretamente com a pessoa (isso sem contar os comentários maldosos que fazem pelas costas da pessoa)
2) Numa organização (empresa, governo, igreja), um líder (gerente, diretor, pastor) deliberadamente comete um ato claro de corrupção: suborna alguém, recebe suborno, ou talvez “menos grave”, estando na posição de liderança e vendo um subordinado corromper ou ser corrompido, simplesmente ignora a situação e não faz nada, sequer comenta sobre o assunto.
3) No corpo de Cristo, vemos um irmão na empresa dele agindo de má-fé, sendo desonesto com seus clientes ou fornecedores, e não o confrontamos, e ninguém o faz.

Provavelmente você já passou por uma situação no mínimo similar às descritas aqui. Estes são sintomas claros: temos medo de confrontar e sermos confrontados!

Olhando para a pessoa de Jesus, vemos que ele não tinha medo de confrontos! Confrontou os discípulos, confrontou os líderes religiosos, confrontou as autoridades políticas, sempre em amor (e em amor, não significa que ele falou “de mansinho”, mas sempre na medida e no tom necessário), mas sempre defendendo a Verdade e a Justiça! Um dos principais motivos que ele foi entregue para ser crucificado provavelmente foram seus confrontos com os religiosos. Ele pagou um preço alto pela Verdade e Justiça. Talvez a própria convivência de Jesus com os discípulos não deveria ser muito fácil a princípio devido a isso, mas a transparência e o amor juntos abrem caminho para relacionamentos mais firmes, maduros e íntimos!

Voltando ao nosso contexto, podemos até pensar “isso é problema dele com Deus” ou “isso não me afeta”, mas será que não é egoismo de nossa parte não pensar no irmão que está precisando de uma exortação ou nas vítimas de uma injustiça? Se colocássemos isso mais em prática, teríamos menos corrupção, menos sonegação de impostos, menos preços abusivos, menos ovelhas feridas, menos líderes “intocáveis” e ao mesmo tempo mais humildade, transparência, amor e união. Em nosso debate, nos sentimos muito limitados com a grande dificuldade que é viver isso no nosso dia a dia! Mas isso nos ajudou a perceber o quanto precisamos mais de Cristo, e como precisamos buscá-lo mais!

Quem confronta, está abrindo caminho para ser confrontado. É uma via de duas mãos, o que é saudável porque abre o caminho para diálogos e a consensos e mais importante, para a Justiça. Mas, independente das pessoas se abrirem ou se fecharem ao confronto, é nosso dever lutarmos contra injustiças, calúnias, corrupção, enfim.. contra as trevas, não importa o preço que tenhamos que pagar: isso pode nos custar caro, como perder o emprego, ou custar menos, como ser tachado de chato…mas essa é a nossa cruz. “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz, e siga-me” (Mt16:24)

 

Renato Wong